Agro representa 13% de toda energia solar no Brasil: com forte tendência de crescimento

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A geração de energia solar fotovoltaica vem em uma crescente, batendo recordes no Brasil, chegando a potência instalada de 20 Gigawatts (GW), de acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), e grande parcela desta montante vem do agronegócio.

Guilherme Susteras, coordenador da Absolar, explica sobre a Lei 14.300/2022, que os projetos encaminhados até 7 de janeiro de 2023 a manutenção, até 2045, da regra que determina que 100% da energia cedida à concessionária retorne para o local, num prazo de cinco anos. Projetos apresentados após 7 de janeiro terão um porcentual reduzido gradativo até chegar a 75% de recebimento da energia excedente até 2029.

“Sem dúvida o agro entrará nesse processo, porque a atratividade será muito melhor. As que tiverem condições de investir vão buscar para ter mais cedo esse benefício”, afirma. Conforme o coordenador, em média, há geração de 18 KW nas propriedades rurais brasileiras, o que significa o uso de 45 painéis solares. A produção somada desses pequenos empreendimentos no agro supera a indústria (0,9 GW), mas ainda abaixo do uso residencial (6,6 GW) e comércios (4,1 GW).

Ele reitera que hoje é grande a facilidade de financiamento. O agricultor vai pagar durante cerca de cinco anos pelo investimento que durará no mínimo 20 anos. Dados atuais mostram que hoje existem 20 mil empresas de engenharia no Brasil que realizam a instalação e, segundo Susteras, essas próprias empresas é que fazem o meio de campo entre o produtor rural e os bancos para realizar os financiamentos. “O produtor precisa levar só uma conta de luz para o fornecedor”, afirma o coordenador da Absolar.

Fonte: Roger Marzochi, Globo Rural.